Ao analisarmos sob o ponto de vista da evolução humano-urbana, a industrialização tem sido o fator mais determinante para o crescimento das nossas cidades, tanto em termos de população quanto de expansão.
Vejamos….
A Primeira Revolução Industrial contribuiu para a urbanização das povoações, oferecendo oportunidades para economias de escala no processo de constituição e transformação do espaço geográfico ao longo daquele período (1760 a 1860).
Importante ressaltar que a dinâmica econômica produzida pela industrialização é que provocou o surgimento de oportunidades em outros ramos da economia, principalmente no setor de comércio e serviços, o que gerou todo um processo dinamizador de crescimento das cidades. Não por coincidência, os países que mais avançaram no processo de industrialização e modernização das sociedades, naquele período da primeira e segunda revolução industrial – Inglaterra, Alemanha, França, Rússia e Itália, foram aqueles que mais apresentaram um setor de comércio e serviços com composição predominante na produção de riquezas em suas respectivas economias.
A Segunda Revolução Industrial, no período de 1860 a 1900, com as inovações e utilização e emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos, moldaram as cidades como vemos e conhecemos nos dias de hoje. Fábricas aumentaram em número e tamanho, levando assim à expansão urbana, contribuindo para uma melhoria geral em termos de padrões de vida nos países que se industrializaram.
Já nos países em processo de industrialização, ditos em desenvolvimento com o Brasil, por consequência deste forte processo sem o devido planejamento, a urbanização e a industrialização trouxeram consigo a poluição e a degradação ambiental, o desequilíbrio descontrolado, levando a uma distribuição de riquezas altamente desigual.
A Terceira Revolução Industrial se caracterizou pelos avanços tecnológicos do século XX e XXI. O uso do computador em todo o processo produtivo, a engenharia genética e o celular seriam algumas das inovações, ocorrendo uma grande mudança de paradigmas como a automação de processos industriais.
Essa mudança tornou-se evidente quando o processamento de dados e a Internet começaram a influenciar a produção industrial melhorando a eficiência do trabalho e dos recursos, aumentando assim a produtividade. As pessoas e as cidades se conectaram ao mundo.
Hoje nos encontramos na Quarta Revolução Industrial, marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas, por robôs integrados em sistemas ciberfísicos que serão responsáveis por uma transformação radical e que terá um profundo impacto no desenvolvimento urbano, afetando o modo como as cidades se desenvolverão espacial e economicamente.
O conceito de cidades inteligentes e sustentáveis está, portanto, ligado e com base em como esses processos e tecnologias serão aplicados. Da revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.
A PAGE[1] financia a fundo perdido nove ações em Mato Grosso e destas duas são diretamente relacionadas a Quarta Revolução Industrial e seu impacto em nossas cidades. Quais sejam: O projeto para implementar 106 Planos Diretores Participativos de Desenvolvimento Municipal e o projeto: Plano de Gestão Sustentável para o Centro Histórico Tombado de Cuiabá.
Nosso grande desafio, nestes projetos, será o de promover a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Nova Agenda Urbana e da Economia Verde, fornecendo uma perspectiva ampla e multidisciplinar sobre como as cidades podem explorar tecnologias avançadas e novas soluções industriais para melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos, reduzindo a pegada de carbono das cidades, melhorando os serviços públicos e criando novos empregos e trabalhos decentes.
Eduardo C. Chiletto
Coordenador Nacional de Projetos – PAGE – Brasil
Presidente da AAU-MT
[1] A Parceria para a Ação pela Economia Verde (PAGE) busca colocar a sustentabilidade no centro das políticas econômicas. A Parceria apoia nações e regiões na reformulação de políticas econômicas e práticas em torno da sustentabilidade para promover o crescimento econômico, criar renda e empregos, reduzir a pobreza e a desigualdade e fortalecer as bases ecológicas de suas economias.
A PAGE é uma resposta direta à Declaração da Rio + 20, “O Futuro que Queremos”, que instigou o Sistema das Nações Unidas e a comunidade internacional a fornecer assistência aos países interessados no desenvolvimento, adoção e implementação de políticas e estratégias de economia verde. Reunindo os conhecimentos especializados de cinco agências da ONU – PNUMA, OIT, UNIDO, PNUD e UNITAR.
A PAGE representa um mecanismo para coordenar a ação da ONU sobre economia verde e para ajudar os países a alcançar e monitorar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente o ODS 8: Promover crescimento econômico sustentável, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos .
eduardochiletto 
Mediante os pontos salientado, quero salientar que estou num projeto ambiental, Reliel etapa 2. Trabalhamos com a transformação da escola estadual numa escola sustentável e empreendedora. Dentro de metas voltado para desenvolver competências e habilidades dos alunos numa interdisciplinaridade entre física, química e biologia, pergunto:
Como a PAGE, pode conciliar um trabalho desse nível com Cidades inteligente e sustentável?
Amigo…. A Parceria para Ação na Economia Verde (PAGE) colocar a sustentabilidade não centro das Políticas e Práticas Econômicas para Avançar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Dentro dos ODS, favor por gentileza observar o Objetivo 4: Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos.
No site: https://nacoesunidas.org/pos2015/ods4/ tem o detalhamento do Objetivo 4 que acredito pode ajudar no seu projeto.
Abraços….