ODS 12: Consumo e Produção Responsáveis – Mudanças Climáticas.

Consumo e produção responsáveis são cruciais para combater as mudanças climáticas, pois afetam diretamente as emissões de gases de efeito estufa e a utilização de recursos naturais. A adoção de práticas mais sustentáveis em ambos os setores pode reduzir significativamente o impacto ambiental e mitigar as consequências da crise climática

Vocês podem estar questionando: Mas como o consumo e a produção afetam as mudanças climáticas?

Resposta: O consumo excessivo de bens e serviços, a utilização de combustíveis fósseis e a produção industrial geram grandes quantidades de gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global. Além disso, a produção intensiva e o consumo desenfreado levam à extração e uso excessivo de recursos naturais, como água, minerais e madeira, que podem comprometer ecossistemas e aumentar a pressão sobre o planeta. 

Vale destacar que muitas vezes a produção de alimentos e outros produtos, está associada ao desmatamento e à perda de biodiversidade, o que afeta o ciclo do carbono e a capacidade de os ecossistemas regularem o clima. As atividades de produção e consumo geram grandes volumes de resíduos e poluentes, que afetam a qualidade do ar, da água e do solo, contribuindo para problemas de saúde e questões ambientais

Importante disser que ao adotar práticas de consumo e produção mais responsáveis, é possível reduzir o impacto das mudanças climáticas e contribuir para um futuro mais sustentável. A transformação do modelo atual de produção e consumo é fundamental para garantir um futuro com equilíbrio ambiental e social. Exemplos:

  • Priorizar produtos sustentáveis: Escolher produtos com selos de certificação ambiental, que garantam práticas de produção mais responsáveis. 
  • Promover a reciclagem: Separar e reciclar corretamente os resíduos, evitando que sejam descartados em aterros sanitários. 
  • Incentivar a produção sustentável: Apoiar empresas que adotam práticas de produção mais responsáveis, que buscam reduzir o impacto ambiental de seus processos. 
  • Investir em energias renováveis: Utilizar fontes de energia renovável, como solar e eólica, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. 
  • Educar e conscientizar: Promover a educação ambiental e a conscientização sobre a importância do consumo e da produção responsáveis. 

Vale ainda ressaltar que a reciclagem combate as mudanças climáticas porque reduz a necessidade de extrair e processar novas matérias-primas, o que consome muita energia e gera emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) e metano. Ao desviar resíduos de aterros, a reciclagem também diminui a decomposição de materiais orgânicos, evitando a liberação de metano, um potente gás de efeito estufa. Embora não seja a única solução, é uma ação importante dentro de uma estratégia mais ampla para a sustentabilidade

Importante destacar que o objetivo do ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis é: Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Cujas metas são:

12.1 Implementar o Plano Decenal de Programas sobre Produção e Consumo Sustentáveis, com todos os países tomando medidas, e os países desenvolvidos assumindo a liderança, tendo em conta o desenvolvimento e as capacidades dos países em desenvolvimento;

12.2 Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais;

12.3 Até 2030, reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial, nos níveis de varejo e do consumidor, e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita;

12.4 Até 2020, alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos químicos e todos os resíduos, ao longo de todo o ciclo de vida destes, de acordo com os marcos internacionais acordados, e reduzir significativamente a liberação destes para o ar, água e solo, para minimizar seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente;

12.5 Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso;

12.6 Incentivar as empresas, especialmente as empresas grandes e transnacionais, a adotar práticas sustentáveis e a integrar informações de sustentabilidade em seu ciclo de relatórios;

12.7 Promover práticas de compras públicas sustentáveis, de acordo com as políticas e prioridades nacionais;

12.8 Até 2030, garantir que as pessoas, em todos os lugares, tenham informação relevante e conscientização para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida em harmonia com a natureza;

12.a Apoiar países em desenvolvimento a fortalecer suas capacidades científicas e tecnológicas para mudar para padrões mais sustentáveis de produção e consumo

12.b Desenvolver e implementar ferramentas para monitorar os impactos do desenvolvimento sustentável para o turismo sustentável, que gera empregos, promove a cultura e os produtos locais;

12.c Racionalizar subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis, que encorajam o consumo exagerado, eliminando as distorções de mercado, de acordo com as circunstâncias nacionais, inclusive por meio da reestruturação fiscal e a eliminação gradual desses subsídios prejudiciais, caso existam, para refletir os seus impactos ambientais, tendo plenamente em conta as necessidades específicas e condições dos países em desenvolvimento e minimizando os possíveis impactos adversos sobre o seu desenvolvimento de uma forma que proteja os pobres e as comunidades afetadas.

Conforme publicado no Estadão, marcado pelo crescimento populacional e pela intensificação da globalização, em um contexto de esgotamento dos recursos naturais, surge uma questão crucial: como garantir um futuro sustentável em constante evolução? Para alcançar essa meta, é essencial promover uma conscientização sobre os padrões de consumo e integrar um componente adicional, denominado economia verde. Ou seja, pela PAGE – Partnership for Action on Green Economy como já publicado no artigo: Mato Grosso e a Parceria para Ação na Economia Verde – PAGE (Partnership for Action on Green Economy).

Vale ressaltar que ao adotar uma mudança para uma economia mais verde, as sociedades podem promover o crescimento econômico de maneira sustentável, garantir ao mesmo tempo a saúde dos ecossistemas e o bem-estar das gerações presentes e futuras.  Porque: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” (Geraldo Vandré: Para não dizer que não falei das flores).

Próximo artigo será: ODS 13: Ação Contra a Mudança Global do Clima.

Eduardo Cairo Chiletto

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About Eduardo Cairo Chiletto

Arquiteto e Urbanista - Presidente da Academia de Arquitetura e Urbanismo-MT. Coordenador Nacional de Projetos da PAGE - Brasil (2018 - 2023). Secretário de Estado de Cidades-MT (2015-2016)... Conselheiro e Vice-presidente do CAU/MT - Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso (2015-2017)
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