Arquitetura e Mudanças Climáticas

A arquitetura desempenha um papel crucial no combate às mudanças climáticas, tanto na mitigação quanto na adaptação. A construção civil é uma das maiores fontes de emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, os edifícios sofrem diretamente com os impactos das alterações climáticas. Soluções como o uso de materiais sustentáveis, projetos que priorizem a ventilação natural e a integração de espaços verdes são algumas das estratégias que a arquitetura pode empregar para reduzir o impacto ambiental e aumentar a resiliência das cidades

Desta forma, a arquitetura pode ser tanto parte do problema quanto da solução diante das mudanças climáticas globais. Sendo assim, acredito como professor e coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo que já fui e Diretor da Faculdade… Que as faculdades deveriam criar a disciplina: Arquitetura Sustentável. Pois a arquitetura pode contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas com estratégias que promovem eficiência e baixo impacto ambiental como:

  • Design bioclimático: Que usa a ventilação natural, orientação solar e materiais térmicos para reduzir o uso de ar-condicionado e aquecimento.
  • Eficiência energética: Edifícios inteligentes, com automação para controle de luz e temperatura. E uso de painéis solares, isolamento térmico e iluminação LED. Projetar edifícios com bom isolamento térmico, iluminação e ventilação natural, reduzindo a necessidade de sistemas artificiais de climatização. 
  • Materiais ecológicos: Madeira de reflorestamento, terra crua, bambu e materiais reciclados.
  • Infraestrutura verde: Telhados e paredes verdes, jardins de chuva e pavimentos permeáveis para controle de ilhas de calor e manejo de água.
  • Reutilização e retrofit: Reformar edifícios existentes em vez de demolir e construir novos.

Assim como os cursos de Arquitetura e Urbanismo deveriam ensinar para seus acadêmicos:

  • Materiais sustentáveis: Utilizar materiais de construção com baixo impacto ambiental, como madeira de reflorestamento, bambu, ou materiais reciclados, reduz a pegada de carbono da construção. 
  • Energias renováveis: Integrar painéis solares, turbinas eólicas e outras fontes de energia renovável nos edifícios para gerar eletricidade e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. 
  • Uso eficiente da água: Projetar sistemas de captação e aproveitamento da água da chuva, bem como sistemas de tratamento e reutilização de águas cinzas. 
  • Redução de resíduos: Priorizar o uso de materiais pré-fabricados, a reutilização de materiais em obras e a reciclagem de resíduos da construção. 

Também seria muito interessante os professores ensinarem a seus acadêmicos:

Projetar edifícios que se adaptem às condições climáticas locais, utilizando estratégias como o sombreamento, a ventilação cruzada e o uso de materiais com alta inércia térmica. Assim como: Integrar jardins verticais, telhados verdes e áreas permeáveis para reduzir o efeito das ilhas de calor, melhorar a qualidade do ar e absorver água da chuva. 

Algumas ações práticas:

  • Construção de jardins de chuva: Solução para controlar o escoamento da água da chuva e evitar enchentes. 
  • Implantação de telhados verdes: Reduzem o calor urbano, melhoram a qualidade do ar e ajudam a gerenciar o escoamento da água da chuva. 
  • Uso de materiais locais: Reduzem o custo e o impacto ambiental do transporte de materiais. 
  • Projeto de edifícios com alta eficiência energética: Reduzem o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa. 
  • Integração de energias renováveis: Painéis solares e outras fontes de energia renovável reduzem a dependência de combustíveis fósseis. 

Seguem 02 exemplos práticos e referências: 1. The Edge (Amsterdã): edifício considerado um dos mais sustentáveis do mundo. 2. Bosco Verticale (Milão): torres residenciais com floresta vertical.

A arquitetura tem um papel fundamental na construção de um futuro mais sustentável e resiliente às mudanças climáticas. Ao adotar práticas sustentáveis e inovadoras, os arquitetos podem contribuir significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para a adaptação das cidades aos impactos das alterações climáticas. 

Como já escrevi e criei: “Arquitetura é poesia edificada, e só é entendida e compreendida pelo ser humano que vislumbra a beleza por trás de toda natureza que percorre seu olhar. O olhar sobre a paisagem, as edificações, o ser humano, a bondade, a verdade e a vida”. Isso é algo que escrevi e gosto muito, depois de ter como base uma frase do meu filho Bernardo de Oliveira Chiletto. Fiz uma releitura daquilo que ele escreveu e consegui passar para o papel o que sinto sobre arquitetura.

Colegas Arquitetos…. prontos para defender a ação climática por meio da arquitetura? Volto a dizer: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” (Geraldo Vandré: Para não dizer que não falei das flores).

E volto a dizer: Como me ensinaram meus amados e falecidos pais (Carlos Ricardo Chiletto e Yara Cairo Chiletto): “Palavras o vento as leva. Ação leva ao coração“. Desta forma, é crucial que os arquitetos e urbanistas comprometam-se, atuem e ajam urgentemente em relação às mudanças climáticas.

Aja agora!!! Visite http://www.onu.org.br e acesse a página sobre Educação Climática. Próximo artigo: Urbanismo e Mudanças Climáticas.

Eduardo Cairo Chiletto

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About Eduardo Cairo Chiletto

Arquiteto e Urbanista - Presidente da Academia de Arquitetura e Urbanismo-MT. Coordenador Nacional de Projetos da PAGE - Brasil (2018 - 2023). Secretário de Estado de Cidades-MT (2015-2016)... Conselheiro e Vice-presidente do CAU/MT - Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso (2015-2017)
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