
Como está no livro que escrevi e que vou publicar, organizado pela minha filha Giovanna de Oliveira Chiletto (formada pela PUC-Rio em Design).. As mudanças climáticas estão no cerne de uma tripla crise planetária interligada — juntamente com a perda de biodiversidade e a poluição — que ameaça a existência humana e a estabilidade dos ecossistemas. Os impactos são sentidos globalmente na forma de perdas de vidas humanas e uma aceleração dramática na extinção de espécies.
Crises ambientais e mudanças climáticas são uma ameaça à vida no planeta, com a atividade humana causando o aquecimento global e a consequente intensificação de eventos climáticos extremos como ondas de calor, secas, inundações e tempestades. As consequências incluem escassez de água e alimentos, impactos na saúde humana (doenças e estresse), perdas econômicas e deslocamento de populações.
A solução envolve a cooperação de governos, empresas e indivíduos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e se adaptar aos efeitos já existentes, conforme abaixo:
Crises Ambientais: As crises ambientais são situações em que o equilíbrio natural da Terra é ameaçado por ações humanas ou fenômenos naturais intensos. Alguns exemplos incluem:
- Desmatamento – destruição de florestas, como a Amazônia, que reduz a biodiversidade e aumenta as emissões de CO₂.
- Poluição – contaminação do ar, da água e do solo por resíduos industriais, plásticos e produtos químicos.
- Escassez de água – resultado da poluição e do consumo excessivo de recursos hídricos.
- Perda de biodiversidade – extinção de espécies causada por destruição de habitats e mudanças no clima.
- Degradação dos solos – uso intensivo da agricultura, erosão e desertificação.
As principais causas são:
- Atividade humana: A principal causa do aquecimento global é a liberação de gases de efeito estufa pela indústria, transporte e outras atividades.
- Concentração de gases: As concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera estão em níveis recordes, levando a um aumento da temperatura global.
E quais as consequências disso?
- Eventos climáticos extremos: Aumento da frequência e intensidade de ondas de calor, secas, inundações e tempestades.
- Escassez de água: O aquecimento agrava secas, afetando a disponibilidade de água para consumo humano, agricultura e ecossistemas.
- Segurança alimentar: Secas, enchentes e pragas afetam a produção agrícola, ameaçando o suprimento de alimentos.
- Saúde humana: Problemas respiratórios e cardiovasculares são agravados, e doenças transmitidas por vetores como dengue e malária podem se espalhar. A crise também causa problemas de saúde mental.
- Impactos econômicos: Danos à infraestrutura, perdas na agricultura e aumento dos custos com saúde impactam a economia global.
- Deslocamento: Pessoas são forçadas a se deslocar devido a desastres naturais e perda de seus lares e meios de subsistência.
Desta forma, as crises ambientais agravam as mudanças climáticas, e vice-versa. Por exemplo: o desmatamento reduz a capacidade das florestas de absorver CO₂, acelerando o aquecimento global; e o aquecimento global aumenta a desertificação e a perda de biodiversidade.
Algumas soluções possíveis:
- Transição energética para fontes renováveis (solar, eólica, hidráulica);
- Reflorestamento, conservação de biomas e plantação de árvores nas cidades;
- Redução do consumo e reciclagem;
- Mobilidade sustentável (transporte público, bicicletas – ciclovias e ciclofaixas, carros elétricos);
- Acordos internacionais, como o Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global.
- Ações governamentais: Implementar políticas públicas para reduzir emissões, como o uso de energias renováveis e a proteção de florestas.
- Ações empresariais: Substituir combustíveis fósseis por alternativas mais limpas, como biomassa ou hidrogênio, e adotar tecnologias mais eficientes.
- Ações individuais: Reduzir a pegada de carbono através de mudanças de hábitos.
Ou seja: as crises ambientais e as mudanças climáticas são dois dos maiores desafios do século XXI, profundamente interligados e com impactos globais.
A biodiversidade está em declínio a uma taxa alarmante, e as mudanças climáticas são um fator agravante significativo, contribuindo para a sexta extinção em massa da história da Terra, conforme abaixo:
- Extinção Acelerada: A taxa de extinção atual é estimada em centenas de vezes maior do que a média histórica, com cerca de um milhão de espécies em risco nas próximas décadas.
- Perda e Fragmentação de Habitats: O aquecimento global e eventos extremos resultam na perda de habitats naturais, forçando as espécies a lutar pela adaptação. Ecossistemas inteiros, como a Amazônia, correm o risco de colapso, o que afeta o equilíbrio de todo o planeta.
- Desequilíbrio dos Ecossistemas: A perda de espécies-chave, como polinizadores, compromete a estabilidade e o funcionamento dos ecossistemas, o que impacta diretamente os serviços ecossistêmicos essenciais para a vida humana, como a produção de alimentos e a descoberta de medicamentos.
- Vulnerabilidade dos Biomas: Biomas específicos, incluindo os de maior biodiversidade como o do Brasil, são particularmente vulneráveis a secas mais intensas, temperaturas elevadas e queimadas frequentes, intensificadas pelas mudanças climáticas.
Desta forma, diante desse cenário apresentado, torna-se urgente repensar os modelos de desenvolvimento e consumo que sustentam a economia global. A transição para fontes de energia renováveis, a proteção das florestas, o incentivo à agricultura sustentável e o cumprimento de acordos internacionais, como o Acordo de Paris, são passos fundamentais. Contudo, a mudança também exige consciência e ação individual: reduzir o desperdício, repensar hábitos e cobrar políticas públicas efetivas.
O enfrentamento dessas crises exige uma ação global urgente, incluindo a redução drástica das emissões de gases de efeito estufa, o abandono dos combustíveis fósseis, o reflorestamento e a conservação dos ecossistemas remanescentes.
Em suma, as mudanças climáticas não são um problema distante ou abstrato, mas uma crise global presente, que ameaça a vida em todas as suas formas. Cuidar do planeta é cuidar de nós mesmos — pois, em um único planeta, não há espaço para a indiferença diante da perda da biodiversidade e da vida.
Eduardo Cairo Chiletto